Meio Ambiente
A Baía de Guanabara encontra-se inserida no litoral do sudeste brasileiro, região também denominada de escarpas cristalinas, batizado assim pela existência da Serra do Mar. A Baía se originou de uma depressão entre dois grupos tectônicos falhados: a Serra dos Órgãos e os pequenos maciços costeiros.
A formação da Baía de Guanabara ocasionou-se pelo afogamento de parte do terreno continental e dos vales fluviais, com o passar do tempo, curtas depressões e estabilizações foram moldando a geologia do local, tendo consequentemente influência no seu nível marinho que antigamente era de 110 a 130 metros mais profundo do que atualmente. Com o passar do tempo a Baía foi assumindo sua forma codiforme (de coração) devido a falhas tectônicas que originaram desnivelamento na região
A Baía de Guanabara é um sistema estuarino que ocupa uma área total de 384 km2, com ilhas do interior totalizando 56 km2 e um espelho d’água de 328 km2 (Figura1) (KJERFVE, 1997). Profundidades que variam de alguns metros em suas margens a mais de 40 m no canal principal, com 84% da baía sendo mais rasa que 10 m (Figura 2) (FIGUEIREDO, 2014).
A variação em sua profundidade é um fato que influencia consideravelmente a circulação da água na Baía de Guanabara. Um banco de areia localizado na entrada da baía também influencia a circulação interna da água devido à canalização das correntes marinhas (KJERFVE, 1997).

Figura 1: Baía de Guanabara e sua bacia hidrográfica
Atualmente a Baía de Guanabara é composta por cerca de 15 municípios que forma a região fluminense, estes municípios são abrangidos totalmente ou parcialmente pelos limites da Baía. Alguns destes municípios como Petrópolis, não são listados pelo fato de cerca de 95% de sua área estar localizada fora da Baía. Além de ser um local importante tanto social quanto cultural da região metropolitana, a Baía é geograficamente peculiar e possui características geográficas divergentes, possuindo zonas montanhosas, áreas planas de baixada, áreas planas de restinga, mangue e praias, todas essas características geográficas acabam por influenciar o clima da região, sendo assim de suma importância sua preservação.
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Figura 1: Baía de Guanabara e sua bacia hidrográfica
Existem cerca de cinquenta e cinco rios que compõem sua bacia drenante, sendo os principais: Macacu, Iguaçu, Pilar, Guaxindiba, Magé e Iriri. Estes mesmos já foram navegáveis, mas devido ao desmatamento e às modificações artificiais feitas em seus leitos, atualmente todos exibem enormes problemas de assoreamento (perda da profundidade) e encontram-se evidentemente poluídos.
O projeto pode transformar a perspectiva ambiental da Baía de Guanabara, recuperando a paisagem natural, ocasionando melhorias no setor turístico, consequentemente expandindo a economia e gerando novos empregos na Região Metropolitana e evitando assim um possível desastre ambiental.
